quarta-feira, 25 de maio de 2011

Convite ao Sr. Administrador

Convite ao Sr. Administrador
Já passaram, seguramente, mais de 7 longos e penosos anos, desde que o Sr. Administrador tomou posse. Esta situação começa a assumir contornos preocupantes uma vez que se desconhece a duração prevista para este mandato, interminável, insuportável, insustentável.

Observem atentamente o quadro que se segue:

Resultados Eleitorais – Eleições Autárquicas – Câmara Municipal de Sintra

Nº votos
Partido
2009
2005
2001
PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT
62.368
59.307
49.126
PS
46.472
42.195
45.470
PCP-PEV
15.388
16.858
19.698
B.E.
8.168
8.909
3.362
PCTP/MRPP
1.356
1.405
1.406
PH (*)
N.A.
707
N.A.
MPT (**)
N.A.
N.A.
1.021
                                 Fonte: CNE
(*) O PH apenas se candidatou às eleições que se realizaram em 9 de Outubro de 2005.
(**) O MPT apenas se candidatou às eleições que se realizaram em 16 de Dezembro de 2001.

A fraca força política de esquerda (PCP-PEV) que nomeou este senhor para as suas listas, nunca venceu nenhum sufrágio eleitoral em Sintra, e conseguiu sempre, resultados pouco expressivos, quando comparados com os obtidos pela Coligação Mais Sintra (PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT) e PS, que discutem, invariavelmente, as eleições neste município. Para além desse facto tem vindo a perder a confiança dos eleitores conforme se pode constatar pela diminuição dos votos nos últimos três actos eleitorais (ver linha sombreada a cor amarela no quadro).
A Coligação Mais Sintra insiste em renovar a confiança neste administrador o que é difícil de explicar.
Quando se analisa cuidadosamente esta situação muitas questões se colocam. Quais foram as políticas de gestão implementadas até à data por este administrador? Possui as competências necessárias do ponto de vista teórico e prático para gerir uma organização? Qual é o seu currículo neste tipo de cargo? O seu trabalho já foi alvo de avaliação no âmbito do processo de renovação de mandatos?

O senhor administrador afirma que possui uma contabilidade paralela que permite controlar eficazmente o orçamento e que sem ela a empresa estaria numa situação ainda mais delicada. Porém uma coisa é certa, nunca ninguém viu essa contabilidade. O senhor administrador comprometeu-se a elaborar as folhas de caixa de alguns refeitórios, para dar o exemplo aos seus colaboradores, mas nunca as entregou. Tem dificuldade em reconhecer conceitos técnicos de gestão. Tem problemas graves na forma como lida com os funcionários que lhe reportam mais directamente. É questionável a relevância dos assuntos abordados nas suas reuniões semanais com os seus subordinados.
Senhor administrador, quando é que consegue lançar um concurso público para transporte de crianças no início do ano lectivo? Ou o ano lectivo apenas se inicia em Janeiro?
Senhor administrador aqui fica um convite a sua Excelência em jeito de repto: tire umas férias do cargo que ocupa e abra caminho para que a empresa que administra possa finalmente funcionar como sempre deveria ter funcionado, ou seja, sem C.A. e apenas com um ADMINISTRADOR DELEGADO.
 Pense nisto, para o bem dos trabalhadores, para o bem dos munícipes, no fundo para o bem do povo português.

2 comentários:

  1. Dá que pensar: "O "Estado Novo" foi substituído pela "Nova Falta de Vergonha", pela ignorância, pelo desrespeito total por valores como justiça, solidariedade e por todos aqueles que não se submetem aos diferentes poderes instituídos, quer a nível nacional quer local. Onde estão os ideais de Abril?" É um pouco o que se passa na empresa, mas talvez esteja na hora de tentar repor alguma justiça, ou tentar arranjar uma estratégia para tal.

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  2. Todos os Partidos deixam muito a desejar, sobretudo quando estão no Governo, tal é a resistência das Frentes de oposições para que alguma coisa mude, não vá o Governo tirar ganhos dos ganhos nacionais. Nas Autarquias dizem que é impossível avançar porque as Assembleias e os Vereadores das Oposições bloqueiam e atrasam tudo o que podem. Nos Municípios, as pessoas são contratadas ou promovidas em função do Partido que ganhou, outras são postas na prateleira ou tiram-lhes funções. Como as mudanças de fundo não obtêm apoio maioritário, são substituidas por 'investimentos sumptuários' e os Governos passam a apoiar-se nas grandes empresas ligadas ao Estado (Brisas, Edps, Galps, Mota-Engils e subsidiárias nas televisões, nos jornais) e a rodear-se de fazedores de «pareceres» e de «acessores», para ver se alguma coisa avança, mas é pior a emenda que o soneto e descambam na corrupção, no oportunismo e no nepotismo. Neste contexto doentio, embora seja negativo, percebe-se muito bem os Governantes que querem é passar para as Privadas, onde são muito melhor (escandaosamente melhor) pagos e não encontram os insultos, as resistências e o stress da acusação pública sistemática, alimentada pela intriga 'jornalística'; e isto só piora a situação e a tentativa de controlar o poder político a partir de fora, da Banca e da meia-dúzia de Grandes grupos económicos, aliados entre si. Familiar?

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